domingo, 7 de abril de 2013

Direitos humanos não podem ser negociados

Com o o princípio de que os Direitos Humanos não podem ser moeda de troca nem servir como fins eleitoreiros, ontem em Bauru foi realizado um movimento contra a permanência de Marco Feliciano a frente da Comissão de direitos Humanos e das Minorias. A marcha não teve um número expressivo de participantes, mas o mais importante é o número de pessoas que ela representa. Durante manifesto pessoas paravam, ficavam um pouco e depois seguiam, uns contra outros a favor. Claro que uma passeata com um número grande de pessoas tem muito mais peso que apenas meia dúzia, mas não podemos forçar as pessoas a fazerem o que não querem e depois o que eles chamam de minoria na verdade é maioria se juntar todos. Feliciano atenta contra a liberdade sexual, contra negros e descendentes e os direitos conquistados pelas mulheres. Se observar dados da última eleição e do último Censo, fica fácil ver que não estamos falando de minoria e sim de uma maioria, mas que ainda não tem desperto em si a importância de seus direitos e deveres e de quanto somos todos importantes para a manutenção desse sistema. Para que os direitos de homens e mulheres, negros, homossexuais, índios, mulatos, deficientes e toda forma de vida existente nesse país sejam respeitados, temos de ter união e um objetivo em comum. Temos de realmente viver em sociedade. Nossa geração é extremamente egoísta, só pensam no ter, no aqui e no agora.


Temos a opção de aceitar e nos manter calados enquanto pisam em nossas cabeças ou podemos nos posicionar contra os abusos, contra o preconceito, mas acima de tudo, quando ferem os princípios fundamentas e individuais do cidadão, esses princípios, assegurados pela constituição Federal de 1988, implicam liberdade e igualdade são inegociáveis e inalienáveis. Mas com uma pequena mudança aqui, outra ali eles conseguem ir fechando as portas para essa liberdade que foi conquistada a duras penas por nossos antepassados.
Quanto a Marco Feliciano não há mais o que dizer, apenas que sua hora vai chegar, ele mesmo vai se derrubar, se enforca com a própria corda e vai contra sua gente, por mais que ele esperneie não é possível manter sua posição. É importante que os que são contra ele manifestem-se de todas as formas que puderem, assinem petições mostrem sua indignação, principalmente os mais afetados com sua permanência que são os negros e homossexuais. Se numa parada da diversidade são reunidas milhares de pessoas então porque essas mesmas pessoas também não se unem para forçar sua retirada do Poder?
Compareceram ao ato alguns políticos mas vale a pena destacar a participação de dois deles: Markinho da Diversidade e Roque Ferreira. Uma das organizadoras do evento, gisele costa, entregou a Markinho uma carta aberta à Câmara de Vereadores de Bauru sobre a importância de políticas pública contra o racismo, preconceito e homofobia, assinada por: Sindicato dos Bancários de Bauru e Região; Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Frente Feminista de Hip Hop de Bauru, Oposição/ Sindicato dos Servidores Públicos de Bauru e Região/CSP, Central Sindical e Popular – Coordenação Nacional de Lutas – CSP CONLUTAS e Comissão da Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil/Bauru (Veja vídeo e fotos).

Para finalizar duas frases do Barão de Montesquieu: 
“A injustiça que se faz a um, é uma ameaça que se faz a todos.” e “Liberdade é o direito de fazer tudo o que a lei permite.”
Veja também: manifestação contra Feliciano em Berlin (muito criativo)

Conteúdo da carta aberta entregue aos vereadores de Bauru

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