Excomungado por defender o amor ao próximo, Roberto
Francisco Daniel, o "padre Beto", foi excomungado pela Igreja
Católica depois de ter manifestado que iria se afastar da igreja. Neste último
final de semana ele realizou seu último casamento e duas missas que estavam
repletas por fiéis e admiradores da figura "padre Beto" que se tornou
conhecida por sua mente aberta,
críticas a posições retrógradas da Igreja Católica e suas discussões acerca do
direito de liberdade e igualdade.
Suas declarações de apoio não a homossexualidade como têm
dito por aí, mas em favor a pessoa humana e de seu direito de viver e amar quem
quiser veio depois e em repúdio as declarações, abusos e atitudes
preconceituosas vindos do atual presidente da Comissão de Direitos Humanos que desde
sua posse causou indignação e revolta aos que defendem ou ao menos apóiam o
direito de liberdade e igualdade no Brasil,
este (que prefiro não pronunciar mais o nome) foi eleito depois da
renúncia do então presidente o deputado
Domingos Dutra, em 7 de março. "Padre Beto" manifestou sua opinião
acerca de um assunto mais que polêmico e isso não agradou, assim como não
agradam a sociedade as pessoas que manifestam apoio e repúdio ao sistema, aos
abusos e preconceitos. Uma coisa é a pessoa dizer ser contra o preconceito
outra, bem diferente é realmente não ser preconceituosa e se posicionar contra, ter atitudes condizentes ao que
diz e isso vale também
para o racismo etc.
É hora de nos analisarmos friamente e ver que posição estamos ocupando nesse mundo, avaliar será se nossas atitudes estão corretas? Melhor que fechar os olhos e brincar de faz de conta, não estamos aqui a passeio.
"Padre Beto" não
disse nada de absurdo, tão pouco
declarou apoio ao homossexualismo como estão divulgando os sensacionalistas, apenas afirmou em sua declaração que existe a possibilidade de amor entre pessoas do
mesmo sexo.
Essa situação nos mostra claramente o retrato da sociedade
em que vivemos e o porquê de ainda ter de levantar bandeira contra o
preconceito e racismo. O que fica é a certeza de que ainda hoje prevalece no seio da igreja católica, assim como de
outras religiões dogmáticas o regime autoritário onde a desobediência é amaldiçoada
e excomungada. Preferem fechar os olhos a
assuntos polêmicos que acontecem até mesmo dentro da igreja como pedofilia
e homossexualismo a adotar uma postura
firme e aceitar que a sociedade não vive mais nos tempos medievais. O ser humano Roberto Francisco Daniel, o "padre Beto", sempre causou polêmica por suas declarações e posição
progressistas, suas críticas com relação a Igreja Católica sempre incomodaram a
cúpula local, não obedecer as ordens de retirar suas declarações, foi a desculpa que precisavam para expulsá-lo. Por sorte como ele mesmo disse: "Ainda bem que não tem fogueira".
"Padre Beto" sempre foi uma pessoa querida e
admirada, e continuará sendo. Seus ideais humanitários e de amor ao próximo
estão além da hipocrisia e mesquinharia da atual sociedade. Independente do que
aconteça daqui pra frente, quem perde é a Igreja, pedofilia, preconceito e o homossexualismo continuará, dentro e
fora da Igreja.
Algumas de suas declarações
"Se refletir é um pecado, sempre fui e sempre serei um pecador",
afirmou. "Quem disse que um dogma não pode ser discutido? Não consigo ser
padre numa instituição que no momento não respeita a liberdade de expressão e
reflexão".
Criticou a Igreja Católica também por "fechar os olhos" a
problemas sociais e citou a situação de professores, policiais e aposentados
que têm baixa remuneração. Falou ainda do sistema carcerário, definido como
desumano e ridículo. (Folha
de São Paulo)
"A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) deveria bater de
frente com o Congresso Nacional, que pega o nosso dinheiro e faz pouco",
disse. "Deixo a igreja e permaneço com minha coerência".