Hoje, dia do combate contra a discriminação racial, apesar dos avanços na área do direito e também na sociedade de uma forma geral, as medidas adotadas ainda não são suficientes e a desigualdade permanece, seja pela ineficácia da lei, seja pelos investimentos feitos de forma errôneas ou sem ordenamento concreto. Hoje, em entrevista ao portal IG, Luiza Bairros, ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (veja) diz que vê risco na escolha do pastor Marco Feliciano na Comissão de Direitos Humanos, ela vê isso como uma resistência na aplicação das leis com relação à discriminação e critica cotas 'perversas' do governo paulista. Ontem foi mais um dia marcado por manifestações na Câmara, manifestantes, opositores e até mesmo aliados pedem a renúncia do pastor Marco Feliciano da presidência da Comissão dos direitos Humanos e das Minorias, hoje maior parte dos sites de notícias do país trazem com destaque a pressão vivenciada dos últimos dias para pressionar Feliciano a se desligar da Comissão. Mesmo assim ele segue inerte e diz que vai manter-se no cargo com ou sem pressão. Ontem a Folha de São Paulo publicou a posição do presidente da Câmara dos deputados, Henrique Eduardo Alves, que se reunião com lideranças do PSC, partido de Feliciano, e pediu que o convençam a renunciar pelo bem de todos. (Leia). Para o Portal Ig, Feliciano disse ontem que fica no cargo mesmo sob pressão, mas fontes ligadas a lideranças do partido afirmaram que o pastor tenta um acordo para renunciar. A revista Veja também discorre sobre o assunto e fala do fiasco da sessão de ontem e da posição do mesmo que é manter-se presidente, seja como for.
Durante pesquisas sobre o caso específico de Feliciano nota-se claramente que a revolta não é por conta de uma religião ou por um motivo distinto, o confronto é moral, vídeos, enunciados e discursos do pastor mostram claramente o perfil e ideal, algumas imagens e citações do mesmo chegam a chocar. Discurso feito em novembro do ano passado ele simplesmente diz:
“Negro é negro e não pode mudar, diferente dos homossexuais” É uma situação constrangedora. Mas como foi que ele conseguiu chegar até lá? Eis a questão. Feliciano alega ser perseguido por citações do passado, mas dia a dia ele enfatiza ainda mais seu preconceito, não consegue esconder ou disfarçar.
Enquanto isso deputados votam reajuste e mais cargos
Vamos abrir os olhos, tentar enxergar além do que nos é mostrado para o bem de todos. Para refletir:
“Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”. (Albert Einstein)
“Prefiro ser um homem de paradoxos que um homem de preconceitos.” (Jean Jacques Rousseau)
Ato de repúdio a Marco Feliciano em Bauru
Sábado, dia 6 de abril, às 14h na Câmara Municipal de Bauru.
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